MARGENS PRESSIONADAS EM 2024 E DESAFIOS PARA 2025
Enquanto o Brasil iniciou o ano com uma taxa de câmbio acima de R$ 6,10/ US$; no começo deste mês, a moeda norte-americana já era transacionada abaixo de R$ 5,80. Apesar da menor pressão do lado cambial, os mercados de juros futuros ainda precificam uma taxa de juros de quase 15% para os papéis com vencimento em um ano. Ou seja, os custos de financiamento, inclusive para o universo agro, estarão elevados ao longo de 2025.
O cenário macroeconômico de 2024 contribuiu para comprimir as margens de diversos segmentos do universo agro. De acordo com uma análise trabalhada em artigo, das principais cadeias analisadas do setor, na média, nenhuma conseguiu obter um retorno superior ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) acumulado em 2024. Na realidade, apenas a produção de cana-de-açúcar conseguiu obter uma margem superior ao Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). No entanto, é importante lembrar que o estudo não contemplou, por exemplo, as cadeias de café e laranja, as quais, possivelmente, tiveram um ano bastante positivo em termos de rentabilidade.